quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

O Grande Cajueiro



Que monumental entidade.

Que tranqüilidade imponente,

Companheiro de uma saudosa morada cujo dono não mais existe.

Parece não ter tido início, ser eterno.

Grande celeiro de vidas: aves, insetos e outras plantas.

Resiste à urbanização com uma magia que lhe é própria,

Como se fosse um prolongamento da Terra, mantêm-se frondoso.

Parece que a cada ciclo vital se torna mais senhor da vida e mais sábio,

Mais conhecimentos absorve do passar dos tempos e da vida.

Informações presentes nas rachaduras por toda sua extensão

Demonstram uma transmutação, uma catarse, uma metamorfose.

O conhecimento como produto da vida e na vida, um registro.

E assim está o grande cajueiro.

De longe uma árvore, uma planta, um ponto na paisagem:

De perto uma vida, Um ser, um microcosmos,

Uma impressão do tempo, da Mãe Terra.

Um ente cultural magnífico.

Como é bom deitar em seus galhos,

Participando deste Universo paralelo que lhe é tão próprio ...


Adaécio Lopes

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