quarta-feira, 30 de setembro de 2020

 "Não vou sair jogando fora quem é bolsonarista. O povo não é gado." Com essa frase Lula mostra como ele é uma pessoa inteligente e que demonstra uma empatia que é muito necessária nesses tempos, embora ele tenha defeitos e não seja tão perfeito como talvez gostaria-se que fosse. Juntamente a essa fala dele se pode parafrasear Criolo e dizer que as pessoas que continuam a defender aquele que está presidente não são necessariamente más pessoas. A gente tem uma oportunidade rara no Brasil de avançar enquanto nação, se conseguirmos nos enxergar e mudar nossa forma de ser. Porque veja, embora essas pessoas possam ser diferentes da gente - e as vezes muito diferentes, diga-se de passagem - nas posições e nas ações, elas são parte nossa também, lembrando que para muitas tradições e estudos científicos atuais, inclusive, o outro não existe enquanto algo separado. Tudo se retroalimenta, tudo se reconecta. Assim, enquanto não buscarmos nos curar como um todo não teremos uma nação minimamente coesa e que possa pensar em um projeto comum, será sempre esse esfacelamento destrutivo. Em todos os humanos o impulso da ação é a busca por felicidade e vida. Mesmo aqueles que agem de forma inversa o estão fazendo tendo como referencial, mote ou tema gerador a felicidade, que, ou já não acreditam mais que podem alcançar e resolvem pela pior ação ou estão buscando atingi-la daquela maneira. Não é com xingamento e mais desentendimento e desgaste que chegaremos a um melhor momento do que esse no qual estamos.

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