Naquele belo dia de segunda-feira,
Ele acordou.
Arrumou tudo como sempre.
Saiu no mesmo horário.
Pela mesma porta de sempre.
E abandonou-se...
Não queria mais ...
Não queria mais um papel apenas.
Decidiu mergulhar no medo do mundo.
Resolveu desamedrontar-se.
Dispersar-se.
Despedaçar-se.
Deixar de ser um pedaço e voltar ao todo.
O todo sem nome.
Sem linguagem de cena.
O todo sem gente-com-medo-do-medo.
Dias Lopes
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