segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

MUNDO, VASTO MUNDO


Mundo, vasto mundo.
Disse o poeta fecundo.
Também não sou um Raimundo.
Mas acho que entendi,
o imperativo profundo
Que há no seu vasto mundo.
E assim como o mineiro
de espanto fui ao fundo.
Mundo, vasto mundo.
Cada instante uma flor
nesse pantanoso mundo.
Mas essa flor só nasce
lá na encosta do mundo,
pertinho do fim do mundo,
quando passa o pavor
daqueles que estão no mundo.
Pois flor não nasce de pedra
mas só nos jardins de cima,
sem pedras, num outro mundo,
do qual esse vasto mundo
é uma estação factual,
visagens que passam ao fundo?

Adaécio Lopes

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