quinta-feira, 4 de junho de 2020


  • Acompanhando o brotar

Das folhas dentro do tempo

A germinar de um ínfimo

As palmas em alastramento

Um relógio feito de plantas

Em suas variedades tantas

Em broto e elastecimento

  • Plantinha a rachar parede

Trepada em teto de posto

Na vida tem muita coisa

História que até da gosto

Um vaso achado esquecido

Para o todo nunca perdido

Que chega muda o rosto

  • Ornamento muito belo

Resistiu a seca e inverno

Sem sequer trocar de terno

Tem o espaço como anelo

De areia é esse castelo

Seu plástico foi ressecado

Por pedrinhas sustentado

Botou flores sem flagelo

Está cinzento e amarelo

Que o sol o tem sapecado

  • Numa janela assentado

O vento a lhe da o jeito

De grãos de areia é feito

O monumento destacado

Deixando então admirado

Quem por ventura o veja

Percebe que nada almeja

Do imprevisto é aliado

É por fronteira moldado

Naquela sutil peleja!


Adaécio Lopes

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