terça-feira, 5 de maio de 2020

Aldir Blanc encontrou Com o vate cantador Antônio Marinho no céu!

Pois aquele equilibrista
Embriagado de sorte
Partiu da corda pra o ar
Subindo a se balançar
E outro grande esperando
Enquanto eu vou narrando
Sem nem me preocupar
Se de toca ou de chapéu
Aldir Blanc encontrou
Com o vate cantador
Antônio Marinho no céu!

De São José do Egito
E de inteligência lendária
Marinho ia e vencia
Sem nem estar em batalha
Digo assim desse jeito
Pois isso não atrapalha
Um recurso de linguagem
Não é uma coisa falha
Quero dizer era adiantado
À imagem de um corcel
Andando de bicicleta
Latuff o desenhou
Aldir Blanc encontrou
Com o vate cantador
Antônio Marinho no céu!

“O
Show
De
Todo
Artista”
A esquentar
As
Estrelas
Em escala Becquerel
E
R
G
U
E
N
D
O
M
O
R
T
O
Meio ao léu
Aldir Blanc encontrou
Com o vate cantador
Antônio Marinho no céu!

Marinho a brincar por brechas
A luz da sua idade
Sentenças deixou em falanges
Rapidamente a vontade
Em traço pode ser feita
Algum tipo de colheita
Dúvida, problema e dor
Por ventura se ajeita
Distintamente com a gota
Como se age com fel
Aldir Blanc encontrou
Com o vate cantador
Antônio Marinho no céu!

Em foguete e bordel
Tirando couro de bode
Conversando em igreja
Naquela onda só pode
Do mar sonho do desejo
Contemplou a ligeireza
Meio um e uma banda
A lua nunca descansa
Nem bota castanha chocha
Gerando sim a granel
Aldir Blanc encontrou
Com o vate cantador
Antônio Marinho no céu!

Adaécio Lopes

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