Como
poderá haver
experimento
de poesia,
se
for sempre o mesmo dia?
Como
mudar o texto,
se
não dinâmica e fluido,
se
estou preso num concreto contexto?
Como
mandar cartas, para onde?
se
a realidade parece me mandar
sempre
impressões inatas?
Se
estou preso na cadeira da sala,
no
momento mais do mesmo,
ao
invés de me aventurar nos infinitos ocultos do instante?
Adaécio Lopes
Adaécio Lopes
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