Poesia me livre do desejo
Do tempo da grande dor
Faça-me entender os males
Das armadilhas do amor
Amor é prisão sem tempo
Que nos remete à origem
Quando menos esperamos
Invade-nos a vertigem
Devaneio necessário
Que causa um rebuliço
Sou um cargo de desejo
Não há como fugir disso
Experiência de morte
Lance matreiro de sorte
Ebulição muito forte
É navegar sem ter norte
Será que há paradeiro?
Se eu largar essa mão?
Será que há uma porta
Nesta casa: solidão?
Quando a morte chegou
Estava eu escrevendo
Não havia pensamento
Mas só pedaço vivendo.
Adaécio Lopes
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